Numa noite de verão de 2000, na praia do Coqueiro em Luís Correia, o mar parecia agitado com suas ondas indo e vindo num compasso e descompasso iguais minhas emoções, deixando na areia lembranças de si, como conchas, algas, etc. A lua reinava imponente no céu, com sua beleza e clareza, revelando os relevos da água, acalmando-me da melancolia do meu descompasso. Senti-me convidada pela natureza a fazer um passeio à beira do mar. Rendi-me a tamanho encanto.
Peguei meu kit de sobrevivência (celular; não vivo sem ele) e fui para a beira da praia. Estava sozinha, envolta em pensamentos e num gesto automático entrei n água e senti o tempo esfriar. Sentia frio. Apesar de ser verão, a noite estava fria, rajada de ventos cortavam a água deixando no seu rastro uma espécie de som que acalentava aquela noite enluarada. Resolvi fazer meu leito a areia iluminada pelo luar que facilmente poderia ser confundida como um imenso tapete prateado, onde se ouvia os sons das águas do mar e do vento, numa harmonia que somente Deus proporcionaria. Deitada, fixei o olhar no céu e vi a beleza das estrelas, como pérolas cravadas num tecido negro. Ao longe, escutava a pancada das ondas nas pedras tal qual açoites. Percebo, que os sentimentos e lembranças que, há bem pouco tempo atrás,angustiavam-me, foram substituídos pela magia da paisagem que naquele momento a natureza proporcionava.


Um comentário:
Meu Deus, mais que coisa linda!!! Fiquei imaginando tudo isso!!!
Adorei viu??!!!
bjao nessa psi maravilhosa!
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