terça-feira, 18 de novembro de 2008

O caráter 'terapêutico' da Internet


Desde o seu advento, a Internet já foi alvo dos mais diversos tipos de considerações acerca dos malefícios e benefícios que poderia causar, especialmente aos seus mais ardorosos adeptos, que passam horas e horas do seu dia envolvidos nas malhas da rede.


Já passados os primeiros tempos da sua pouco tímida inserção na vida do homem pós-moderno, até os dias atuais - já integrada à mobília de muitos lares -, a leitura que hoje fazemos dela agrega múltiplos elementos para uma avaliação menos passional e mais fidedigna dos seus efeitos. Se num primeiro momento temia-se que viesse a provocar o isolamento familiar e social do usuário, que uma vez ligado à rede, desconectava-se do mundo real ao seu redor, hoje há dados que nos levam a supor exatamente o inverso: a Internet como companheira das mais requisitadas e benéficas entre os solitários e os isolados do convívio social. Sites como Facebook e Orkut são uma grande prova.

Numa pesquisa realizada pela Universidade de Alberta, no Canadá, ficou demonstrado que a população não usuária apresenta um índice maior de problemas psicológicos do que entre os usuários habituais da rede. Entre esses últimos, encontram-se aqueles que têm na net uma grande aliada contra o isolamento, inserindo-os num universo de contatos imediatos e solidários, e lhes proporcionando uma oportunidade de relacionamentos sociais que, de outro modo, não lhes seria possível. Às pessoas mais introvertidas, o anonimato permitido pela rede também vem facilitar o estabelecimento de novas relações, dentro do limite de exposição que julgar mais confortável. Assim, podemos até pensar em atribuir ao computador um caráter terapêutico, enquanto promotor de interação entre os indivíduos, que por razões pessoais, sociais ou culturais encontram-se afastadas do convívio com outras pessoas.

Mesmo entre aqueles que não padecem de dificuldades de relacionamento, os mais sociáveis também encontram nos jogos online, por exemplo, um canal lúdico de comunicação. Os games que acontecem em rede, segundo pesquisa realizada na Universidade Nottingham Trent, na Inglaterra, têm atraído um número cada vez maior de jogadores, cujo perfil predominante é de homens jovens, com formação universitária. No jogo, a modalidade em si não é o mais importante; o objetivo maior é a interação entre os jogadores, ainda que numa relação virtual.

Desta forma, não há como negar que a Internet é, hoje, dentre os veículos de comunicação, aquele através do qual o homem tem experimentado novas formas de relacionamento e interação social, e que ainda lhe delega o privilégio de modelar a direção na qual essas relações poderão evoluir. Ainda assim, vale lembrar ao internauta que, mesmo com tantas virtudes e possibilidades, é preciso ficar atento aos perigos que ela também contém, tomando os devidos cuidados ao realizar suas escolhas interativas, seus parceiros, suas relações virtuais e o destino que dará a elas, para que a Internet seja de fato uma companheira de muitas horas.

Maluh Duprat Teixeira da Silva
Psicóloga componente da equipe do NPPI

Fonte: UOL

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Fibromialgia e Depressão


Dores difusas e persistentes, distúrbios de sono, cansaço, depressão, ansiedade e problemas gastrointestinais. Esses são os principais sintomas da fibromialgia, que segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), praticamente ninguém conhece. O estudo foi realizado no município de Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo, abrangendo nove unidades básicas de saúde e mais de 700 pessoas.

Exames físicos revelaram que 4,4% da população já tinha fibromialgia, outros 20% apresentava forte tendência de desenvolver o problema e ninguém tinha conhecimento sobre o que é e como tratar o distúrbio. A fisioterapeuta e autora da pesquisa, Cristina Capela, explica que muitas vezes essas pessoas vêem seu quadro se agravar por falta de informação, o que leva a baixa qualidade de vida devido às dores e a um quadro depressivo que geralmente é tratado com medicamentos.

Segundo Capela, os pacientes (em sua maioria mulheres) costumam ser tratados de forma segmentada: pelo ortopedista por causa da dor muscular, pelo psiquiatra por causa da depressão, e assim por diante. O ideal é que um reumatologista identifique o quadro global e encaminhe para os tratamentos mais adequados. Embora não se conheçam as causas da fibromialgia, é possível combater os sintomas com exercícios aeróbicos, alongamento, acupuntura, hidroterapia, entre outros recursos.


Fonte: Site Viver Mente e Cérebro

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Amor ou individualidade?


Médico psiquiatra formado pela USP, apresentador do programa No Divã do Gikovate, da Rádio CBN, e autor de diversos livros sobre a sexualidade humana e o tema do amor, Flávio Gikovate conversou com o Guia da Semana e aconselha que o famoso 'ficar' pode ser um interessante método para atingir a maturidade nos relacionamentos.

Guia da Semana: No livro Uma História de Amor... Com Final Feliz, você diz que o amor como vivenciamos hoje é imaturo e regressivo e propõe que os relacionamentos sejam mantidos pelo +amor . Como você define este sentimento?

Flávio Gikovate: O +amor traz uma relação compatível com os tempos modernos, que respeita a individualidade. Existe respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. É parecido com a amizade porque aproxima duas unidades e não duas metades . Basicamente, é uma forma adulta e sólida de relacionamento, na qual a palavra concessão é substituída por respeito.

GDS: Muitos relacionamentos acabam porque o parceiro estava se sentindo sufocado pelo outro. Como você explica este comportamento?

FG: Esse comportamento nada mais é do que medo de se relacionar. Parte desse medo é o de perder a individualidade. Então, o indivíduo foge. Se não foge, chega uma hora em que começa a se sufocar pela falta da individualidade de novo. Mas com o tempo o medo vai diminuindo junto com a vontade de ficar grudado e vai aumentando a individualidade. É como se o amor bem resolvido curasse o indivíduo do mal de amar.




GDS: Neste contexto, como fica o ideal de fusão de um relacionamento?

FG: Primeiro, é importante lembrar que o sonho de fusão continua presente. Mas duas coisas modificaram esse ideal do amor: a independência da mulher, desequilibrando a idéia de fusão com uma liderança masculina, e o avanço tecnológico, que criou condições extraordinárias para o entretenimento individual. Hoje, há uma briga muito mais ostensiva entre amor e individualidade. Nesse sentido, acho que o +amor tem grande chance de prevalecer.

GDS: E o ficar , onde se enquadra?

FG: As relações amorosas sempre vão existir. O que eu defendo, e acredito, é que elas vão mudar. Porque o mundo mudou e está impondo a necessidade de levar em conta a individualidade. As relações casuais também vão continuar acontecendo. E, nessa nova ordem, ela nem sempre será considerada ruim. Se houver maturidade de ambas as partes, restará sempre uma boa relação afetiva, ainda que superficial. O status do ficar , criado pelos jovens, é uma condição de relacionamento simplesmente perfeita. É um bom ensaio para atingir a maturidade.

GDS: As mulheres sentem mais dificuldade em lidar com a solidão?

FG: Depende. A mulher que consegue trabalhar a sua individualidade consegue viver bem sozinha. Elas são as que mais caminham no processo de individuação, pois são vítimas dos relacionamentos de fusão romântica . As maiores renúncias são exigidas das mulheres. Hoje, as relações são mais cooperativas e ambos, por meio de negociações, decidem o que será feito em conjunto.

GDS: O que é preciso para viver uma relação amorosa mais individualizada?

FG: Temos que ser observadores imparciais e tirarmos vantagens das coisas em vez de ficar lamentando. A vantagem é: avanço moral, avanço da capacidade dos seres humanos de ficarem sozinhos e aprendizado para resolver essa situação de incompletude. Essa é uma novidade que mata a idéia do amor no seu sentido tradicional, como remédio para a incompletude. O amor como remédio tem que desaparecer porque é um mau remédio.


GDS: Como a mulher deve lidar com a pressão que a sociedade impõe a favor do casamento?

FG: Atualmente, há muitos solteiros felizes. E a pressão em relação ao casamento reduziu muito nos últimos anos. A maioria das pessoas leva uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele vazio no estômago por estarem sozinhas, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupadas, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são, geralmente, os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinícius de Moraes, que é impossível ser feliz sozinho . Mas isso já caducou! Então, acabam vivendo tristes e deprimidos.

GDS: E quanto ao sexo, para um casal se dar bem na cama é preciso separar sexo e amor?

FG: O sexo é uma área em que ainda precisamos avançar. Em nossa cultura, o sexo vai melhor quando há briga. As pessoas gostam mais de transar com inimigos do que com amigos. Isso mostra como precisamos avançar no entendimento da questão sexual. Ainda é preciso inventar um erotismo que não seja comprometido com vulgaridade e violência. Para superar isso, é preciso ser criativo e entender que as leis da atração sexual não são as mesmas das relações afetivas de boa qualidade. Na hora do sexo, talvez seja necessário mudar o canal, no qual o outro tem de deixar de ser o parceiro sentimental para ser um outro parceiro. É assim que os casais que se amam de verdade descobrem estratégias para que o sexo flua.

GDS: A mulher moderna concilia diversas tarefas: ser mãe, profissional, dona de casa e amante. Essa multiplicidade feminina pode prejudicar o relacionamento?

FG: As mulheres ainda pensam como suas mães. Embora elas sejam maioria nas universidades, elas ainda imaginam o casamento como estabilidade sentimental e material. Isso mostra que, apesar da multiplicidade de papéis, a mulher ainda relaciona amor e casamento. Amor é um assunto e casamento é outro. Nos relacionamentos baseados no que chamo de +amor , os maridos não serão mais protetores ou provedores. Eles terão de ser encarados como companheiros, parceiros de viagem. Mas isso só é possível para aqueles que conseguem trabalhar a sua individualidade.


Fonte: Yahoo

Segunda-feira


Segunda-feira: alguns detestam, outros odeiam. Mas poucos sabem que o dia mais impopular da semana é também o mais prejudicial à saúde. Aquela inexplicável sensação de preguiça e indisposição que afeta boa parte dos mortais e os obriga a permanecer por mais tempo na cama pode causar problemas físicos e psicológicos, como estresse, sudorese, ansiedade e taquicardia.

Na maioria dos casos, a síndrome da segunda-feira já começa no dia anterior. Não são poucas as pessoas que sentem um calafrio percorrer a espinha ao ouvir o tema de abertura de tradicionais programas de televisão. Imediatamente, elas lembram que terão pela frente mais uma semana de trabalho e já começam a sofrer, por antecedência, os efeitos da síndrome da segunda-feira.

"Por mais prazeroso que seja o trabalho, não há quem não sofra por ter que pegar no batente na segunda-feira. Acordar na segunda para trabalhar é como interromper um sonho bom. Ninguém gosta, não é verdade? E o mais interessante é que, quanto melhor o final de semana, mais difícil torna-se voltar à realidade na segunda-feira", afirma a psicóloga Márcia Fraga, do Hospital Memorial.

Uma pesquisa do portal Monster, especializado em recrutamento e seleção on-line, mostrou que trabalhadores do mundo inteiro sofrem com a síndrome. Prova disso é a insônia que inferniza as noites de domingo de quem precisa acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Segundo o estudo, 51% dos americanos custam a pegar no sono de domingo para segunda-feira. Entre os britânicos, o percentual chega a 53%.

"A síndrome da segunda-feira não chega a ser uma patologia, mas é um sintoma de que algo não vai bem na vida daquela pessoa. Por isso mesmo, o mais importante a fazer é tentar identificar as suas causas. Em muitos casos, essa síndrome não está relacionada apenas à vida profissional. Pode ser motivada também pelos estudos e até mesmo pelo casamento", alerta o psiquiatra Leonardo Gama Filho.

Se dependesse da designer Mariana Accardo, 27, o final de semana teria três e não apenas dois dias. "Por mais que eu descanse sábado e domingo, estou sempre cansada. Às vezes, até mais na segunda do que na sexta", jura Mariana, que chegou a sentir dores de cabeça e de estômago na segunda pela manhã.

O executivo Daniel Fleming, 42 anos, não fica atrás. Na tentativa de protelar ao máximo o final do domingo, emendava um filme no outro e demorava a ir para a cama. "No domingo à tarde, eu já ficava deprimido. Para mim, trabalhar na segunda-feira era um sacrifício enorme", admite.

Pior do que a segunda, só a volta das férias!

Para muitos, trabalhar na segunda-feira só não é pior do que voltar de férias. Há quem minimize o problema e aproveite os primeiros dias para matar saudade dos colegas ou colocar o papo em dia. Mas há também quem passa mal e não consegue disfarçar o desânimo.

Segundo dados da International Stress Management Association (Isma), 35% dos brasileiros sofrem de "depressão pós-férias". Desse total, 72% admitem que, com apenas uma semana de trabalho, já estão tão cansados e estressados quanto antes de tirar férias.

"Normalmente, umas pessoas demoram mais que as outras para voltar ao ritmo normal de trabalho. Mas essa readaptação não leva mais que duas semanas. Se a letargia persistir por mais tempo, é bom procurar um médico", alerta a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma.

Independentemente de ser a síndrome de segunda-feira ou depressão pós-férias, o "coach" Sandro Pereira avisa que chega uma hora em que é preciso repensar as metas e traçar novos objetivos. Segundo ele, cinco anos é tempo mais do que suficiente para chegar ao ponto máximo dentro de uma empresa.

"A primeira pergunta a ser feita é: onde quero chegar profissionalmente? Se você não sabe onde quer chegar, nunca saberá se está no caminho certo. Às vezes, mudar de emprego pode ser saudável para o corpo, a mente e até para a carreira", ensina.

Lazer na semana ajuda a enfrentar segunda-feira
Para não sucumbir àquela "deprê" típica das noites de domingo, o melhor remédio, ensinam os especialistas, é criar alternativas de lazer não só nos sábados e domingos, mas também nos dias úteis. Que tal, então, um chope gelado com os amigos na terça, uma pizza com a família na quarta ou uma sessão de cinema na quinta-feira?

Parece inviável, mas foi exatamente isso o que fez o executivo Daniel Fleming para minimizar os efeitos da síndrome. Toda segunda, ele reúne a família para assistir a DVDs, comer uma pizza ou tocar violão. É a famosa "Segunda Sem Lei". Já na quinta, toca guitarra com os amigos. Como não curte futebol, a "pelada", no caso dele, é musical.

"Eu me esforçava ao máximo para não transparecer a minha insatisfação no trabalho. Mesmo insatisfeito profissionalmente, dava o melhor de mim. Até que, em outubro de 2007, recebi uma promoção que salvou a minha carreira. Hoje, no domingo à tarde, já separo a roupa que vou vestir na segunda. Nunca me senti tão motivado", assegura.

Garfield: horror à segunda!




Criador do Garfield, o gato que ganhou fama mundial por odiar segundas-feiras, o cartunista norte-americano Jim Davis, 63, admite que, ao contrário do bichano das tiras em quadrinhos, não chega a ter horror ao primeiro dia útil da semana. "É fácil não odiar segunda-feira quando você ama o seu trabalho", garantiu Jim, por e-mail, ao jornal O DIA.

A exemplo de seu personagem, ele gosta de tirar uns cochilos à tarde e é avesso a atividades físicas. "Não sou tão preguiçoso quanto o Garfield. Mas, se não tomar cuidado, posso ficar", brinca Jim, acrescentando que bom humor costuma ser um remédio eficaz para combater a preguiça típica das segundas-feiras. "Sou capaz de encontrar o lado bom até de tratamento de canal. Afinal, o dente não vai doer mais".


Fonte: O DIA

A Síndrome da Segunda


Segunda-feira: alguns detestam, outros odeiam. Mas poucos sabem que o dia mais impopular da semana é também o mais prejudicial à saúde. Aquela inexplicável sensação de preguiça e indisposição que afeta boa parte dos mortais e os obriga a permanecer por mais tempo na cama pode causar problemas físicos e psicológicos, como estresse, sudorese, ansiedade e taquicardia.

Na maioria dos casos, a síndrome da segunda-feira já começa no dia anterior. Não são poucas as pessoas que sentem um calafrio percorrer a espinha ao ouvir o tema de abertura de tradicionais programas de televisão. Imediatamente, elas lembram que terão pela frente mais uma semana de trabalho e já começam a sofrer, por antecedência, os efeitos da síndrome da segunda-feira.

"Por mais prazeroso que seja o trabalho, não há quem não sofra por ter que pegar no batente na segunda-feira. Acordar na segunda para trabalhar é como interromper um sonho bom. Ninguém gosta, não é verdade? E o mais interessante é que, quanto melhor o final de semana, mais difícil torna-se voltar à realidade na segunda-feira", afirma a psicóloga Márcia Fraga, do Hospital Memorial.

Uma pesquisa do portal Monster, especializado em recrutamento e seleção on-line, mostrou que trabalhadores do mundo inteiro sofrem com a síndrome. Prova disso é a insônia que inferniza as noites de domingo de quem precisa acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Segundo o estudo, 51% dos americanos custam a pegar no sono de domingo para segunda-feira. Entre os britânicos, o percentual chega a 53%.

"A síndrome da segunda-feira não chega a ser uma patologia, mas é um sintoma de que algo não vai bem na vida daquela pessoa. Por isso mesmo, o mais importante a fazer é tentar identificar as suas causas. Em muitos casos, essa síndrome não está relacionada apenas à vida profissional. Pode ser motivada também pelos estudos e até mesmo pelo casamento", alerta o psiquiatra Leonardo Gama Filho.

Se dependesse da designer Mariana Accardo, 27, o final de semana teria três e não apenas dois dias. "Por mais que eu descanse sábado e domingo, estou sempre cansada. Às vezes, até mais na segunda do que na sexta", jura Mariana, que chegou a sentir dores de cabeça e de estômago na segunda pela manhã.

O executivo Daniel Fleming, 42 anos, não fica atrás. Na tentativa de protelar ao máximo o final do domingo, emendava um filme no outro e demorava a ir para a cama. "No domingo à tarde, eu já ficava deprimido. Para mim, trabalhar na segunda-feira era um sacrifício enorme", admite.

Pior do que a segunda, só a volta das férias!

Para muitos, trabalhar na segunda-feira só não é pior do que voltar de férias. Há quem minimize o problema e aproveite os primeiros dias para matar saudade dos colegas ou colocar o papo em dia. Mas há também quem passa mal e não consegue disfarçar o desânimo.

Segundo dados da International Stress Management Association (Isma), 35% dos brasileiros sofrem de "depressão pós-férias". Desse total, 72% admitem que, com apenas uma semana de trabalho, já estão tão cansados e estressados quanto antes de tirar férias.

"Normalmente, umas pessoas demoram mais que as outras para voltar ao ritmo normal de trabalho. Mas essa readaptação não leva mais que duas semanas. Se a letargia persistir por mais tempo, é bom procurar um médico", alerta a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma.

Independentemente de ser a síndrome de segunda-feira ou depressão pós-férias, o "coach" Sandro Pereira avisa que chega uma hora em que é preciso repensar as metas e traçar novos objetivos. Segundo ele, cinco anos é tempo mais do que suficiente para chegar ao ponto máximo dentro de uma empresa.

"A primeira pergunta a ser feita é: onde quero chegar profissionalmente? Se você não sabe onde quer chegar, nunca saberá se está no caminho certo. Às vezes, mudar de emprego pode ser saudável para o corpo, a mente e até para a carreira", ensina.

Lazer na semana ajuda a enfrentar segunda-feira
Para não sucumbir àquela "deprê" típica das noites de domingo, o melhor remédio, ensinam os especialistas, é criar alternativas de lazer não só nos sábados e domingos, mas também nos dias úteis. Que tal, então, um chope gelado com os amigos na terça, uma pizza com a família na quarta ou uma sessão de cinema na quinta-feira?

Parece inviável, mas foi exatamente isso o que fez o executivo Daniel Fleming para minimizar os efeitos da síndrome. Toda segunda, ele reúne a família para assistir a DVDs, comer uma pizza ou tocar violão. É a famosa "Segunda Sem Lei". Já na quinta, toca guitarra com os amigos. Como não curte futebol, a "pelada", no caso dele, é musical.

"Eu me esforçava ao máximo para não transparecer a minha insatisfação no trabalho. Mesmo insatisfeito profissionalmente, dava o melhor de mim. Até que, em outubro de 2007, recebi uma promoção que salvou a minha carreira. Hoje, no domingo à tarde, já separo a roupa que vou vestir na segunda. Nunca me senti tão motivado", assegura.

Garfield: horror à segunda!




Criador do Garfield, o gato que ganhou fama mundial por odiar segundas-feiras, o cartunista norte-americano Jim Davis, 63, admite que, ao contrário do bichano das tiras em quadrinhos, não chega a ter horror ao primeiro dia útil da semana. "É fácil não odiar segunda-feira quando você ama o seu trabalho", garantiu Jim, por e-mail, ao jornal O DIA.

A exemplo de seu personagem, ele gosta de tirar uns cochilos à tarde e é avesso a atividades físicas. "Não sou tão preguiçoso quanto o Garfield. Mas, se não tomar cuidado, posso ficar", brinca Jim, acrescentando que bom humor costuma ser um remédio eficaz para combater a preguiça típica das segundas-feiras. "Sou capaz de encontrar o lado bom até de tratamento de canal. Afinal, o dente não vai doer mais".


Fonte: O DIA

Assertividade

Psicologia Vida
Da redação

Comunicar idéias com clareza, manter o equilíbrio durante uma discussão e aceitar pontos de vista diferentes são atitudes importantes para o seu desempenho profissional, segundo reportagem publicada no site da revista VOCÊ S/A.

Todas elas estão relacionadas à assertividade, uma competência fundamental para quem deseja crescer na carreira e melhorar o comportamento no trabalho.

Segundo o dicionário Houaiss, trata-se da capacidade de fazer afirmações categóricas. Na carreira, sua missão é ficar na medida certa dessa competência, sem parecer indeciso ou agressivo.

Encontrar esse equilíbrio requer treinamento, e pode levar mais ou menos tempo, dependendo da sua dedicação.

Confira cinco dicas para treinar e acertar a sua mira:

1. Organize o pensamento: antes de uma reunião ou conversa importante, reserve 15 minutos para colocar no papel seus objetivos, as idéias que deseja apresentar e os argumentos que vão fundamentá- las. “Com conceitos ordenados, é mais fácil criar um raciocínio lógico, que o ajudará a expor as idéias de forma objetiva e clara, aumentando as chances de serem ouvidas e seguidas”, diz Marisa da Silva, consultora da Career Center, de São Paulo.

2. Avalie seu comportamento: pergunte ao time como as pessoas enxergam seu comportamento. É a melhor forma de conhecer a imagem que passa aos outros — ela é um reflexo de como você está agindo. Indague sobre os momentos em que eles acreditam que sua atitude não foi adequada.

3. Mude aos poucos: faça a lista das situações em que gostaria de ser mais assertivo e ordene-as da mais simples a mais complexa. Quando estiver mais seguro, passe para o próximo item. Tentar mudar tudo de uma vez traz ansiedade e aumenta as chances de fracasso.

4. Invista na segurança: para conseguir argumentar e defender seu ponto de vista, em qualquer situação, é importante dominar o assunto em questão. Busque informação sobre o tema em pauta e levante possíveis dúvidas que possam surgir. “Segurança é o segredo da assertividade. Se está confiante, terá mais firmeza na hora de agir e falar”, diz a consultora.

5. Evite os impulsos: diante de uma discussão, o ideal é esfriar a cabeça. Agir sem pensar aumenta as chances de ser grosseiro ou deixar passar coisas importantes.



Fonte: Abril

domingo, 2 de novembro de 2008

Os 7 sabotadores da dieta

Revista IstoÉ – da semana 2/11/2008

Como vencer os inimigos da sua dieta

A ciência explica as principais armadilhas que levam o regime ao fracasso e aponta as estratégias mais eficientes para fugir delas

Cilene Pereira e Mônica Tarantino

É difícil a vida de quem luta contra o excesso de peso. Na rotina dos gordinhos, há uma história conhecida e da qual poucos escapam: depois de comemorar alguns quilos perdidos, eles reaparecem rapidamente, mesmo que o indivíduo tenha certeza de que não cometeu nenhum pecado. Além de ser um desestímulo, a eterna ciranda do perde-ganha peso contribui com força para aumentar a epidemia mundial de obesidade, hoje atingindo a casa do um bilhão de pessoas acima do peso. Diante de um desafio dessa proporção, a ciência começa a desbravar uma nova fronteira de pesquisas para identificar, afinal de contas, quais são os elementos que induzem a comer mais e, pior, sem a consciência de que isso está acontecendo.

O que se quer é detectar os principais sabotadores da dieta - hábitos e vícios que agem silenciosamente e minam o esforço para se atingir a forma desejada.

Há pesquisas no mundo todo sendo conduzidas com este objetivo. Dos achados obtidos até agora, vêse claramente que uma razão está na origem de quase todas as armadilhas: o ambiente "engordativo" criado pelo homem moderno, composto por uma perniciosa combinação de fartura de guloseimas com escassez de atenção ao que se ingere. É a influên cia do que o psicólogo Brian Wansink, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, chama de busy lifestyles (estilo de vida agitado/ocupado, em tradução livre do inglês). Autor do best seller Mindless Eating: Why we eat more than we think (Comendo sem pensar, por que comemos mais do que imaginamos) e uma das maiores autoridades em fatores comportamentais associados ao crescimento da obesidade, o pesquisador é enfático quanto ao poder dessa realidade. "Fazemos tantas coisas o tempo todo que, quando chegamos à parte da comida, só conseguimos morder, morder, morder e comer, comer, comer", afirma Wansink.


Medicina & Bem-estar
Como vencer os inimigos da sua dieta
A ciência explica as principais armadilhas que levam o regime ao fracasso e aponta as estratégias mais eficientes para fugir delas

Cilene Pereira e Mônica Tarantino

rápida demais
Almoçar na companhia da gerente de marketing Érika Soós, 28 anos, é quase comer sozinho. Ela vai da entrada à sobremesa com rapidez impressionante. "Nem percebo. Só noto porque sou sempre a primeira a terminar", diz. Ela atribui a dificuldade de perder peso a esse comportamento.
"Mastigo muito rápido e nem sempre sinto o sabor do que estou comendo."


Os últimos estudos sobre o tema confirmam quanto isso é verdade. Em dois trabalhos distintos, pesquisadores japoneses e americanos trouxeram à luz dois inimigos ocultos da dieta tremendamente ligados a essa forma de se relacionar com o alimento. O primeiro foi realizado na Universidade de Osaka e mostrou que comer depressa triplica as chances de ter excesso de peso. A partir das respostas de três mil pessoas a um questionário sobre seus hábitos alimentares, os cientistas observaram que mais da metade dos participantes comia muito, até se sentir cheia. Porém uma parte deles, além de comer demais, também comia rápido (45,6% dos homens e 36% das mulheres). Este grupo foi o que registrou maior risco de ganhar peso. A segunda pesquisa, da Universidade do Oregon, revelou que quem come sem prazer engorda mais. Para chegar a esse resultado, os cientistas deram um milkshake a voluntários e depois observaram suas reações cerebrais. Viram que as pessoas que exibiram respostas mais fracas nas estruturas associadas ao prazer foram as que manifestaram também maior tendência ao ganho de peso. Elas precisaram comer mais do que os magros para se sentirem recompensadas com a refeição.

É interessante notar que esta última circunstância remete a outro sabotador indicado pela ciência. Tratase do hábito de comer na frente da tevê. Em geral, quando sentamos no sofá com algo para mastigar - normalmente doces ou petiscos -, nem prestamos atenção ao que está no prato. Ficamos tão hipnotizados pela telinha que não consideramos nem quantidade nem sabor. E assim, distraidamente, caímos em mais uma tentação, com prejuízos principalmente para as crianças. Recentemente, pesquisas demonstraram esse fato de forma indiscutível. Na Universidade de Minnesota (EUA), pesquisadores concluíram que adolescentes que desfrutam de uma tevê no quarto ingerem menos frutas e verduras e muito mais doces, refrigerantes e fast-food do que aqueles sem o privilégio. Sem contar que também se ingere mais disso tudo. "A tevê desvia o foco da quantidade que estamos comendo", explica a nutricionista Daniela Jobst, integrante do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.

Refeições sem horário


Um sanduíche, um achocolatado ou um biscoito. Essa costuma ser a refeição do dia da paulista Agnes Godoy, 25 anos. Em geral, dentro do carro. "Essa falta de rotina alimentar me prejudica porque quando sobra tempo para o almoço, por exemplo, como mais do que deveria", conta. Ela garante que está se esforçando para mudar esses hábitos.

Pressionados pela correria e pelos compromissos do dia-a-dia, também somos incentivados a perder a noção de qual é o momento certo de comer. Nessas condições tão vulneráveis, fica fácil ser vitimado por mais uma arapuca: comer fora de hora e pular refeições. Sem dúvida, um comportamento que já se tornou um hábito mundial. Na Austrália, por exemplo, um em cada três adultos simplesmente pula o almoço pelo menos uma vez por semana. No Brasil, não há dados precisos, mas não existe dúvida de que o costume entrou no cotidiano. O problema é que, quando se prescinde de uma refeição, o organismo automaticamente vai tentar compensar o que não ganhou na próxima.

Outra pesquisa da universidade americana de Minnesota deixa esse fenômeno bem claro. Os cientistas avaliaram a evolução de peso em 2,2 mil adolescentes durante cinco anos.

Eles verificaram que aqueles que tomavam o café da manhã regularmente eram mais magros e consumiam produtos mais saudáveis do que os que pulavam esta refeição. "Embora muitos acreditem que não tomar o café é uma maneira de poupar calorias, provamos que isso não é verdade", afirma Dianne Neumark-Sztainer, coordenadora do trabalho. "Ingerir um bom desjejum evita que se coma muito durante o dia ou à noite", diz.

Organização nas compras

O professor carioca Silvio Oliveira Junior, 30 anos, sempre foi gordinho. "Não abria mão dos doces. Ia ao supermercado e comprava tudo", conta. Silvio chegou a pesar 105 quilos. Há poucos meses, começou a participar de um programa de redução de peso. "Passei a levar uma lista ao mercado. Isso me impede de comprar o que não devo", diz. Ele perdeu 32,5 quilos.

É por isso que hoje recomenda-se fazer seis refeições por dia (leia outras orientações à pág. 74). "Além do café da manhã, almoço e jantar, também se deve fazer o lanche da manhã, da tarde e comer algo antes de dormir", explica o endocrinologista Walmir Coutinho, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos da Obesidade. Seguindo este roteiro, despencam para zero as chances de atacar a geladeira de madrugada e comer o que não se deve. "E se a pessoa sabe que não terá tempo de almoçar, deve levar um biscoito de fibras ou uma fruta", sugere Ana Cristina Teixeira, da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.

Além de enfrentar dificuldades para impor um ritmo disciplinado às refeições, lutamos ainda contra a sedutora oferta de porções cada vez maiores. Tudo cresceu - do saco de pipoca ao hambúrguer, que hoje precisa ser pego com as duas mãos. Sem nos darmos conta, cada uma dessas porções agigantadas nos faz engolir uma quantidade de calorias maior. Há 20 anos, por exemplo, o saquinho de pipoca do cinema tinha 270 calorias.

Hoje, as pipocas vêm em um balde e somam cerca de 630 calorias. "Atualmente, uma mulher que luta para emagrecer e acha que está seguindo uma dieta de 1,2 mil calorias por dia pode estar ingerindo aproximadamente 1,5 mil. Parte do equívoco está em pensar que uma porção é menor do que é na verdade", explica Sônia Almeida, nutricionista-chefe da organização Vigilantes do Peso.

Medicina & Bem-estar
Como vencer os inimigos da sua dieta
A ciência explica as principais armadilhas que levam o regime ao fracasso e aponta as estratégias mais eficientes para fugir delas

Cilene Pereira e Mônica Tarantino

Fim do sedentarismo

A veterinária Daniele Lautenschalaeger, 32 anos, sabe bem como o sobrepeso impacta na auto-estima. Ela chegou a pesar 88 quilos. Sentia-se mal ao experimentar roupas ou ir à academia. "Tinha vergonha. As pessoas me olhavam diferente", lembra. Um programa de emagrecimento a ajudou a perder 31 quilos. Cresceram a confiança e a coragem de começar a se exercitar.

A falha trágica é que quase ninguém percebe isso, como revelou um trabalho publicado na revista da Associação Dietética Americana. Uma comparação entre as porções consumidas por 177 adultos - e por eles consideradas normais - com o tamanho das porções de uma pesquisa feita há 20 anos revelou a falta de noção do que se está comendo. Entre outras constatações, viu-se que os voluntários serviram a si mesmos cerca de 20% a mais de sucrilhos e tomaram uma porção de suco de laranja 40% maior do que há duas décadas. Só o suco foi responsável por um aporte de 50 calorias adicionais, o que, ao longo de um ano, somaria dois quilos a mais.

Mesmo quem consegue se defender dos exageros do fast-food e dos restaurantes pode tropeçar nos supermercados. Ir às compras, acredite, pode se tornar um jogo perigoso. A variedade, as promoções e as degustações atiçam a vontade de levar para casa verdadeiras bombas calóricas. Principalmente se você for com fome. Aí, a guerra está perdida. "Fazer compras sem uma lista do que se quer pode ser suficiente para levar mais de cinco mil calorias adicionais para casa sem notar. Portanto, não vá sem um roteiro claro do que realmente precisa", diz Sônia Almeida. Devese ficar atento também ao consumo por impulso, movido pela emoção.

"Uma pessoa pode entender bem de nutrição, saber o que é saudável, mas pode tomar decisões erradas se não perceber os sentimentos associados à compra", afirmou à ISTOÉ David Hardesty, da Universidade de Chicago (EUA) e autor de trabalho sobre o assunto divulgado no Journal of Consumer Research. "Na maioria das vezes, a compra é feita para compensar algo que incomoda. Os obesos conscientes disso fazem escolhas mais inteligentes", diz.

Fora de controle

O estudante Daniel Ghigiarelli, 25 anos, é refém das porções exageradas. Independentemente do tamanho, começa a mastigar e só pára depois de comer tudo. "Sou muito impulsivo. Simplesmente abro um saco de jujubas, que é bem grande, e só me dou conta do tanto que comi quando chego ao fim. Agora, também não tenho conseguido resistir a suspiros."

Um dos temas mais pesquisados atualmente, o peso das emoções para o sucesso ou fracasso de um regime é evidente. E hoje está provado que não são apenas os momentos de fragilidade emocional que podem minar o empenho para se entrar na linha. "As mudanças de rotina também têm atuação", afirma a nutricionista Madalena Vallinoti, de São Paulo. Fala-se aqui de situações felizes, como férias ou fins de semana de descanso, e de momentos conturbados, como troca de emprego e reforma da casa. "Tudo isso pode ter a força de um tsunami", diz o psiquiatra Arthur Kaufman, coordenador do Projeto de Atendimento ao Obeso, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Na Universidade Leeds, na Inglaterra, pesquisadores deram uma mostra desse poder. Num estudo com homens e mulheres submetidos a stress no trabalho, eles verificaram que especialmente as mulheres tendem a pular refeições e optar por lanches ricos em açúcar e gordura nessas condições. Entre as situações que mais induzem as pessoas a esse erro estão a necessidade de fazer uma apresentação, conflitos com colegas e uma reunião com o chefe.

A falta de sono - comum em situações de alteração de rotina e de conflitos emocionais - agrava o quadro. Primeiro, porque os indivíduos ficam mais cansados e preferem recorrer a pratos prontos ou a fast-food.

"Estas refeições exigem menos esforço", diz Mindy Engle-Friedman, da Universidade de Nova York. Depois, porque está comprovado que dormir pouco engorda mais também por razões biológicas. "Muitas pesquisas demonstram a ligação entre o sono e caminhos neurológicos que regulam a ingestão de alimentos", diz Daniela Jobst. Um desses estudos, feito pela Universidade de Colúmbia (EUA), concluiu que quem dorme quatro horas ou menos por noite tem 73% mais chances de engordar.

Por fim, as pesquisas indicam que a discriminação com que boa parte da sociedade trata os obesos - e como eles respondem a essa pressão - configura um dos mais complexos obstáculos ao sucesso de um plano de emagrecimento. Neste mês, cientistas do Centro de Pesquisa em Obesidade e em Educação da Universidade de Temple (EUA) anunciaram um trabalho no qual revelam que a vergonha do corpo, o medo dos olhares críticos e do fracasso diante dos outros estão entre os principais motivos que levam mulheres obesas a permanecer sedentárias. "Para muita gente, isso pode parecer mera desculpa. Mas para elas são problemas reais", afirmou Melissa Napolitano, autora da pesquisa. Vistos de uma perspectiva geral, todos esses estudos permitem concluir que domar o peso é uma guerra muito mais ampla do que se pensava.

Um olhar sobre a terapia de família

Apesar da grande divulgação, nos últimos anos, acerca das várias correntes psicoterápicas e do aumento do número de pessoas em busca do auto conhecimento, a terapia de família e casal ainda é desconhecida.

Como profissional da área comumente ouço as seguintes indagações: o que é terapia de família e como funciona? Em que situações se deve procurar um terapeuta? Quem faz terapia de casal se separa ou fica junto?

A terapia de família é um método de tratamento das relações familiares.

Isto significa que não se vai tratar o indivíduo na família e sim o grupo familiar como um todo e o vínculo entre seus membros.

A intervenção do terapeuta não se faz no indivíduo A e no indivíduo B mas sim na relação que ocorre entre A e B.

Por vezes, quando um indivíduo apresenta um problema este pode ter tido origem num conjunto de relações familiares deficitárias e afetar todos os outros membros. Se tratarmos apenas a pessoa que manifestou o problema deixaremos de tratar todos os outros afetados pela mesma dificuldade. Isto faz da terapia familiar um excelente aliado do tratamento psicoterápico individual.

Em toda família coexistem tendências para saúde e para doença, o diferencial se fará a depender de como a família enfrente situações de crise, de como está a afetividade e a comunicação entre seus componentes. Estes serão indicadores de relações saudáveis ou adoecidas.

A procura por um terapeuta se dá, geralmente, quando a família apresenta um grave problema. Pode ser um dos membros apresentando transtorno psíquico, a presença de alcóol ou drogas, ou a iminência de uma separação.

Uma crise é resultado de pequenos conflitos que se repetem cotidianamente e para os quais não se dá a devida atenção.

Não se deve deixar que os problemas tomem proporções alarmantes para se procurar a terapia. Isto evitará o agravamento da situação conflitiva possibilitando rever as bases do relacionamento familiar. Tais afirmativas são válidas também para o casal.

A terapia de casal não une nem separa, funciona como acompanhamento do processo e não impõe decisões. Facilita que o casal identifique os problemas, averigüe o que os motivou, verifique a forma como vem reagindo as dificuldades. Propicia que os componentes do casal vejam a si mesmos, ao outro e a relação de forma mais aprofundada e aponta "ferramentas" que poderão auxiliar numa tomada de decisão.

Atualmente a família passa por mudanças: os vários casamentos, os filhos de relações diferentes, os casais homossexuais; renovaram-se também as crises.

É preciso cuidar da família. O individualismo reinante, muitas vezes impede que atentemos para ela.

A procura por um terapeuta, quando isto se fizer necessário, permite dedicar tempo e atenção a família, conferindo-lhe importância, reconhecimento e consideração.

Isabel Rosana Borges Barbosa. Assistente Social CRESS 2034. Psicodramatista didata supervisora. Terapeuta de Família e Casal. Mediadora Familiar.

Como controlar os Triglicerídeos

O aumento dos triglicerídeos é um distúrbio lipídico relativamente freqüente na prática clínica. Na maioria dos casos, as hipertrigliceridemias são causadas por distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono (açúcares).

A hipertrigliceridemia pode ser classificada em:

- Primária - quando não apresenta fator desencadeante, ou seja, distúrbio metabólico freqüentemente acompanhado de outras alterações significativas como redução do HDL (colesterol "bom") e aumento do LDL (colesterol "ruim").

- Secundária - quando decorre de outras doenças como diabete mélito, hipotireoidismo, nefropatia crônica, alcoolismo, obesidade e uso de medicamentos, como estrógenos e outros.

Considera-se como normal o valor de 200ml/dl.

Raramente encontramos a hipertrigliceridemia isolada sendo freqüentemente acompanhada por aumento no colesterol total. É importante a avaliação clínica e laboratorial para que se possa atuar nos fatores desencadeantes, tais como:

- redução do peso corporal,
- abolição do álcool,
- substituição de medicamentos.

A intervenção dietoterápica é o passo inicial no tratamento, baseada principalmente na redução da ingestão de carboidratos simples (mel, açúcar, geléias, bolos e doces caldados em geral).

Devemos controlar a ingestão de carboidratos complexos, como arroz, batata, derivados do trigo, principalmente em casos de obesidade.

Basicamente a dieta deverá ser rica em frutas, vegetais e legumes, evitando-se os açucares, bebidas alcóolicas, gorduras saturadas (manteiga, leite integral, queijos amarelos, pele de aves, embutidos em geral).

O ideal é que a dieta seja elaborada por um profissional nutricionista que terá condições de orientar para um perfeito equilíbrio calórico-proteico.

A hipertrigliceridemia é o distúrbio lipídico de mais fácil controle por mudança nos hábitos de vida: dieta equilibrada, aumento da atividade física (p.ex. caminhadas diárias), restrição ao álcool.

Devemos tratar a hipertrigliciredemia para prevenir a arterioesclerose e suas complicações.

Marta Maria Spohr Diefenthaeler é formada pela Faculdade Católica de Medicina do Rio Grande de Sul - Porto Alegre. Curso de Pós-graduação em Geriatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Porto Alegre.

Vem...

Aperitivos Psi


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"Como é bom poder dizer às pessoas

Que nada foi em vão

Que o amor existe,

Que vale a pena a amizade,

Que a vida é bela sim,

Que eu sempre dei o melhor de mim.

E que valeu a pena!"

Mário Quintana
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Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o
desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade

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"... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos ...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência não pensar ...

Alberto Caaeiro/Fernando Pessoa

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Tenho fases como a lua
Fases de andar escondida
Fases de vir para a rua...
Perdição da vida minha.
Tenho fases de ser tua,
Tenho outras de ser sozinha.
(Cecília Meireles)